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Foca no Foca

Arte: Elisa Riemer.

Arte: Elisa Riemer.

É com muita alegria e orgulho que anuncio a programação do projeto FOCA – Formação e Capacitação de Artistas, contemplado pelo Prêmio Aniceto Matti, da Secretaria Municipal de Cultura de Maringá. As inscrições já estão encerradas, pois em menos de dois dias todas as vagas foram preenchidas.

O projeto tem como principal objetivo contribuir para a formação e capacitação profissional de estudantes de artes, artistas em geral e comunidade interessada, oferecendo gratuitamente oficinas e palestras na área de Artes Cênicas, ministradas por profissionais de reconhecida atuação.

Além disso, pretende-se estimular o interesse por novas áreas de atuação, talvez desconhecidas ou pouco exploradas pelos artistas, abastecendo o mercado de mão de obra qualificada em áreas técnicas que ainda são carentes de profissionais e cursos de formação na cidade de Maringá.

Assim acreditamos que seja possível fomentar o surgimento de novos grupos e artistas, bem como promover um salto de qualidade nas produções locais, movimentando ainda mais nosso cenário cultural. Para tanto, sabemos, este projeto precisa tornar-se permanente e iremos trabalhar por essa conquista!

Idealização, produção e coordenação do projeto: Rachel Coelho

Assistência de produção: Marcia Costa

Arte: Elisa Riemer

Designer gráfico: Vila Ópera

Programação

Oficina de Figurino Cênico com Paulo Vinícius (Curitiba / PR)

Pretende contribuir com a formação de artistas que buscam trabalhar com figurino nas linguagens de teatro e cinema.  Entre os principais assuntos abordados estão a formação necessária ao figurinista, as ferramentas desejadas para o bom desenvolvimento da prática do figurino e os principais processos de criação e prática do figurino na contemporaneidade.

Dia 5 de junho (sexta-feira): das 19h às 23h

Dias 6 e 7 de junho (sábado e domingo): das 14h às 20h

Vagas: 20

Observação: no dia 6 a oficina será na Casa da Cultura do Jardim Alvorada.

Palestra “Brecht encenado no Brasil a partir dos anos 1990: o teatro dialético do Ói Nóis Aqui Traveiz e da Cia do Latão” com Prof. Dr. Alexandre Villibor Flory (UEM/Maringá)

O teatro de grupo em perspectiva crítica ganhou novo impulso a partir dos anos 1990, insinuando-se contra uma tendência neoliberal que vê o mercado como a instância definidora da política cultural. Essa retomada do teatro de grupo se apropria da acumulação cênica, teórica e crítica que os anos 1960 tinham desenvolvido, em grupos como o Arena e o CPC, atualizando-a para diversos contextos e espaços. Uma das linhas de força desse teatro é a recepção da obra de Brecht, ponto de partida dessa palestra, pelos grupos Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, de Porto Alegre, e Cia do Latão, de São Paulo.

Dia 11 de junho (quinta-feira), às 19h no Teatro Reviver.

Aberto ao público.

Oficina de Vivência com a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz (Porto Alegre / RS)

Ministrantes: Tânia Farias e Roberto Corbo

O encontro tem como objetivo investigar o movimento e a voz para a ampliação do corpo do ator e a ocupação do espaço teatral e urbano. Os ministrantes irão compartilhar procedimentos utilizados pelo grupo para preparação e elaboração dos seus trabalhos, tanto em teatro de rua quanto no chamado “teatro de vivência”.

Dia 12 de junho (sexta-feira): das 19h às 23h

Dia 13 de junho (sábado): das 14h às 18h

Vagas: 25

Desmontagem “Evocando os Mortos – Poéticas da Experiência”

Desvelando os processos de criação de diferentes personagens criadas entre 1999 e 2011, a atriz Tânia Farias deixa ver quanto as suas vivências pessoais e do coletivo Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz atravessam os mecanismos de criação, a ativação da memória corporal, fazendo surgir e desaparecer as personagens, realizando uma espécie de ritual de evocação de seus mortos para compreensão dos desafios de fazer teatro nos dias de hoje.

Dia 14 de junho, às 19h, no Teatro Reviver.

Aberto ao público. Recomendação: 16 anos

Entrada gratuita. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes na bilheteria do teatro, conforme ordem de chegada e somente um por pessoa.

Oficina “A voz do ator/cantor” com Babaya (Belo Horizonte / MG)

Dividida em três módulos, tem como objetivo contribuir para que os atores e/ou cantores tenham uma noção do uso correto da voz e da prática de interpretação.

18 de junho (quinta-feira) das 16h às 18h30

Palestra aberta ao público

Módulo I – Noções de fisiologia da voz

Exposição e explicação de temas que orientam as pessoas para o uso correto da voz:

18 de junho (quinta-feira) das 18h30 às 22h

19 de junho (sexta-feira) das 16h às 22h

20 de junho (sábado) das 16h às 22h

21 de junho (domingo) das 16h às 22h

Oficina para participantes inscritos

Vagas: 20 (atores e cantores acima de 15 anos)

Requisito para inscrição: disponibilidade para comparecer a todas as atividades

 

Módulo II – Exercícios de técnica vocal, resistência corporal e vocal

Módulo III – Interpretação

Temas abordados:

– Estudo de recursos expressivos.

– Dinâmicas teatrais que valorizam a emissão da voz, a qualidade da interpretação e a facilidade para o desempenho vocal.

– Escolha de timbres adequados para elaboração de personagens.

– Escolha de músicas, poemas ou textos para praticarem os temas trabalhados na oficina e preparar os participantes para uma possível montagem informal (pock-show) que será apresentada a um público convidado.

Oficina “O ator e o espaço” com Thais Pimpão (São Paulo / SP)

Destinada a estudantes de teatro e a grupos de teatro amador, tendo em vista a criação de exercícios cênicos a partir do tema “A dramaturgia que nasce da relação entre gesto/movimento, espaço/tempo”. Propõe como base técnica e de criação um trabalho de consciência e articulação das estruturas corporais, aliadas à práticas coletivas, para construir possíveis dramaturgias que nascem da poesia do gesto, e das suas diferentes interpretações.

Dias 25 e 26 de junho (quinta e sexta) das 19h às 23h

Dias 27 e 28 de junho (sábado e domingo) das 14h às 18h

Vagas: 25


Perfil: Rogério Carniato

Hoje quem conta sua história para o blog é o meu amigo Rogério Carniato. Maringaense de uma família de gente bonita, canceriano (como eu!), casado com a nutricionista Caroline Mott, atualmente vive na ponte Maringá – São Paulo – Maringá.

rogério

“Meu primeiro contato com o teatro foi através de uma oficina ministrada pelo diretor teatral Newdemar de Souza, que pessoalmente foi até a escola onde eu estudava e fez o convite para participar do curso vocacional. Na época eu estava na 6º série do ensino fundamental”, conta.

O curso durou de 1996 a 1999 no Colégio Estadual Dr. José Gerardo Braga. Neste período ele fez parte da Cia. Fuscapé e da Cia. Klaxon & 2/18, além da Quilombo, todas dirigidas por Newdemar de Souza. Participou das montagens “Maringá Cidadania Para Todos” (1996), “O Terror e a Miséria no Terceiro Reich” (1997) e um infantil cujo nome escapou (nos dois últimos, eu também fazia parte do elenco).

Depois disso, Rogério desenvolveu os seguintes trabalhos:

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Foto retirada do programa da peça. Acervo: Rachel Coelho

 

– Em 1999 participou do espetáculo “O Doente Imaginário”, montada pela Cia Trianon, com a direção de Flor Duarte [e que teve a participação da atriz, cantora e regente do coral da UEM Ana Lúcia Colodetti, falecida recentemente].

– Em 2000, com um novo grupo independente de teatro (Cia. Simbiose), montou “O mundo do Faz de Conta”. Atuou como ator e diretor nos espetáculos de sua autoria: “O Velho e a Bruxinha” (2003), “O circo com Kadú e Kajú” (2004) e “Os Quatro Elementos (2004) para o SESC/PR.

Foto retirada do programa da peça. Acervo: Rachel Coelho

Foto retirada do programa da peça. Acervo: Rachel Coelho

– Em 2003 ministrou oficina de iniciação teatral no Teatro Calil Haddad que resultou no espetáculo “Eu, por Augusto dos Anjos”, do qual assinou a direção.

– Em 2005 ministrou oficinas de interpretação em um curso livre na Oficina de Teatro da UEM – Universidade Estadual de Maringá.

– De 2002 a abril de 2006, foi professor de teatro no Colégio Platão, onde desenvolveu um projeto de teatro-educação, montando mais de 30 peças, entre elas “Aurora da Minha Vida” (2005), “Gota D’Água” (2005) e “A Volta do Camaleão Alface” (2005).

– Cursou Letras (2003 a 2006) pela Faculdade de Campos Andrade (UNIANDRADE).

Depois disso, sentiu necessidade de obter novos conhecimentos, trabalhar com pessoas diferentes e crescer como artista. Para tanto, buscou trabalhos em outras cidades e deu certo!

Entre 2005 e 2007 ministrou oficinas de iniciação teatral para o Centro Cultural Teatro Guaíra, por meio do Projeto Paranização, levando arte para cidades como Quatiguá, Siqueira Campos, Atalaia, Iguaraçú, Centenário do Sul, Munhoz de Melo, Santa Fé e Curitiba.

Rogério em campanha publicitária da Unimed.

Rogério em campanha publicitária da Unimed.

Em São Paulo trabalhou como ator em campanhas publicitárias regionais e nacionais, tais como Hipercard, Nextel, Pernambucanas, Fly Tour, Santander, Gillete, entre outros. Também fez participações em novelas do SBT e da TV Bandeirantes e trabalhou na TV Globo no setor de jornalismo cobrindo parte da Região norte da cidade com matérias sobre a vida dos moradores.

Nada disso impediu que ele continuasse atuando em Maringá. Aqui mantém a produtora Carniato & Carniato Produções Artísticas, que vem desenvolvendo o agenciamento de atores para publicidade, produções teatrais e instalações artísticas.

Em 2013 estreou dois espetáculos na cidade: “Entre paredes escuras”, com direção de Sérgio Milagre e contemplado pelo Prêmio Aniceto Matti (em que Rogério integrava o elenco) e “Cidade Menina”, com direção de Marcio Alex Pereira e Rogério na produção, aprovado na Lei Rouanet e patrocinado pela Usina Santa Terezinha.

"Entre paredes escuras" Foto: Beto Schultz

“Entre paredes escuras” Foto: Beto Schultz

Rogério conversa com a plateia após "Cidade Menina". Foto: Leonardo Biazini

Rogério conversa com a plateia após “Cidade Menina”. Foto: Leonardo Biazini

Em 2014 a empresa de Rogério foi responsável por um dos presépios vencedores do concurso da Prefeitura. O dele está instalado na Praça Regente Feijó. Para este ano, foi aprovado em segundo lugar no Prêmio Aniceto Matti com o projeto “O especialista”, montagem teatral de mais um texto de sua autoria. Nesta, ele dividirá o palco com sua irmã, Cris Carniato. A direção ainda não foi definida. Além disso, está em fase de pré-produção de programas pilotos para TV em São Paulo e de novos projetos para teatro.

Seu conselho para estudantes: “Acredito que para qualquer artista, seja profissional, amador ou estudante, produzir, fazer com ou sem dinheiro faz com que o indivíduo adquira experiência e notoriedade para sua carreira, presente e futura”.


Retrospectiva pessoal

É tempo de retrospectivas e planejamentos. Nessa época do ano é comum relembrar, avaliar e planejar nossa vida, nosso próximo ano. No meu caso, é um período de esperança, de expectativas e ansiedade redobrada.

Lembro que meu ano começou com estudos de teatro, em um grupo organizado pela Teatro e Ponto Produções Artísticas. Os estudos duraram algumas semanas de janeiro, mas logo findaram porque outros compromissos foram nos chamando.

Curitiba

Em fevereiro fui a Curitiba por um convite de trabalho no tradicional festival de teatro. Foi uma experiência que durou apenas uma semana, pois logo percebi que não iria me adequar à dinâmica do festival. Entretanto, por mais que tenha sido rápida, foi importante.

"Big Bang Boom". Foto: Rachel Coelho

“Big Bang Boom”, de Michelle Moura, em Curitiba. Foto: Rachel Coelho

Como todos os anos acompanho o festival que começa no fim de março e eu já estava na cidade, acabei ficando em Curitiba. Consegui um trabalho de assistente de produção em um projeto específico na empresa Expressão Criação e Produção, do meu grande amigo Well Guitti. Acompanhei a circulação do espetáculo de dança contemporânea “Big Bang Boom”, da artista Michelle Moura, nas regionais de cultura do Boa Vista e Santa Felicidade.

A ideia era continuar trabalhando com o Well, parceiro em outros projetos, mas a greve da Funarte acabou atrasando o repasse de um projeto que havia em vista e, por isso, acabou não rolando outro trampo. Apenas participei de reuniões e fiz um orçamento de uma circulação que não vingou. Fiz contato com um amigo, Fernando, para elaboração de um projeto para a Lei Rouanet, trabalho que deve rolar em 2015.

Em abril fiz uma visita a Porto Alegre e tive a oportunidade de conhecer a Terreira da Tribo, sede da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, um dos grupos de teatro que mais admiro no Brasil. A partir disso, foi possível ajuda-los em Curitiba por ocasião do edital Cultura 2014, que viabilizou apresentações culturais em cidades-sede dos jogos da Copa do Mundo. Mais uma experiência enriquecedora, que me manteve em Curitiba até o dia 21 de junho. No mesmo dia embarquei de volta a Maringá, chegando na manhã do dia 22, aniversário de minha mãe.

Eu e a galera do Ói Nóis. Foto: Giovana Lago.

Eu e a galera do Ói Nóis Aqui Traveiz em Curitiba (junho de 2014). Foto: Giovana Lago.

Retorno à Maringá

24 de junho era o prazo final para inscrição no edital do Prêmio Aniceto Matti, da Prefeitura Municipal de Maringá. O projeto “Formação e Capacitação de Artistas – Ciclo de oficinas e palestras” havia sido pensado e escrito em Curitiba. Finalizei os detalhes e fiz a inscrição. O edital foi enrolado, o primeiro resultado que saiu não informava que nem todos os aprovados seriam necessariamente premiados. Vários proponentes entraram com recursos e eu acabei perdendo as esperanças. No entanto, quando eu menos esperava, veio a notícia da aprovação (o resultado final saiu apenas no dia 16 de dezembro). A previsão para execução é abril de 2015.

Ao retornar à Maringá, também voltei a me encontrar com Marcia Costa, com quem já havia falado em 2013 sobre a possibilidade de montar um espetáculo solo. Escrevi o projeto para o edital do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz e foi grande a surpresa quando descobri que fomos um dos sete contemplados na região Sul do País para montar um espetáculo. Comemorei muito, pois acredito ter sido uma grande conquista. É a primeira vez que se aprova um projeto neste edital em Maringá. A previsão é estrearmos “Tempos de Cléo” em março de 2015, mas isso vai depender do depósito do recurso, ainda sem previsão.

Encontro "Tempos de Cléo". Foto: Weslley Borges

Equipe “Tempos de Cléo”: eu, Gabi Fregoneis, Marcia Costa e Carolina Santana.

Intermediei o encontro de André Fabrício (que desejava voltar aos palcos como ator) e Marcia Costa, pessoa com quem pretendo trabalhar muitas e muitas vezes. Após alguns encontros deliciosos, elaborei um novo projeto de montagem para o edital da Bolsa Funarte de Fomento aos Artistas e Produtores Negros, que ainda não divulgou resultado. Trata-se do espetáculo “Nossa Senhora Noturna”, cuja ideia é muito legal e nos empolga. Agora é torcer!

Florescerro

No comecinho de outubro fui convidada a embarcar em um projeto independente de montagem. Pela primeira vez um texto fruto do Núcleo de Dramaturgia do SESI seria levado ao palco em Maringá. A equipe envolvida me convenceu de que seria uma boa ideia, embora não goste de projetos com prazo apertado, sobretudo no caso de montagens.

Em apenas dois meses foi concebido o espetáculo “Florescerro”, pelas mãos do autor Gustavo Hermsdorff, do diretor Lucas Fiorindo, dos atores André Fabrício e Vinicius Huggy e da cenógrafa Ana Paula Siste. Eu assinei a produção da montagem, que veio à tona antes de “Tempos de Cléo” e, portanto, me iniciou no mundo da produção de montagens!

Foi uma única apresentação, mas a experiência valeu demais! Um rico aprendizado! Ainda não sabemos como será 2015, mas o desejo dos meninos é voltar a cena.

E mais…

E no meio disso tudo ainda mantive o blog e a coluna no jornal O Duque (onde também dei algumas contribuições como repórter). Participei do GT de Cultura, que ao longo do ano fez reuniões semanais e encampou a criação da primeira cooperativa cultural do Paraná (em andamento). Ainda este ano (novembro) consegui abrir um CNPJ, que por enquanto ainda é MEI. Em setembro iniciei uma pesquisa sobre a história do teatro em Maringá, mas não consegui fazer o suficiente. Faltou tempo. Em outubro iniciei um trabalho no Instituto João Bombeirinho, do qual acabei desistindo por não querer fugir do foco profissional. A necessidade de dinheiro está o tempo todo nos tentando a mudar de rumo. Fiz revisão ortográfica do livro “A história de Naitá”, do Danilo Furlan (já lançado). Trabalhei durante uma semana na 1ª Festa Literária de Maringá (FLIM). Isso sem contar com os projetos que não foram aprovados, mas demandaram o tempo de sua elaboração e coisa e tal.

SP

Para encerrar o ano, fiz uma viagem marcante: fui a SP acompanhar o Ói Nóis Aqui Traveiz na Mostra Conexões para uma arte pública, que promoveu um intercâmbio entre o grupo gaúcho e o carioca Tá na Rua, o mineiro Casa do Beco e o paulistano Pombas Urbanas. Além destes, ainda tive o privilégio de conhecer o grupo Contadores de Mentira, de Suzano.

Se eu pudesse resumir a experiência (pois para descrevê-la não consigo encontrar palavras) eu diria que me encorajou a seguir adiante, a lutar, a batalhar. Esses grupos são resistentes. Estando com eles é possível perceber a força, a coragem e o amor pelo teatro. A importância que eles tem em suas comunidades e o respeito que conquistaram nela. Como a arte pode abalar estruturas, pode transformar. Como ainda nos falta em Maringá mas, sim, É POSSÍVEL. Eles são um belo exemplo disso: de que é possível. E pode ser lindo, pode ser doce, pode ser forte. Só não vai ser fácil.

Expectativas

A previsão é começar 2015 trabalhando.

Como pretendemos estrear “Tempos de Cléo” no início de março, voltaremos a nos reunir no início de janeiro. Em seguida, durante o mês de junho, pretendo executar o projeto aprovado no Aniceto Matti, que é de oficinas e deve durar praticamente o mês todo. Deste mesmo edital estou na equipe do projeto do Marcio Alex Pereira, uma pesquisa sobre a Vila Operária que pretende reunir material que posteriormente irá subsidiar a criação de um espetáculo sobre o bairro. Não sei do cronograma, mas certamente serão meses de trabalho.

Farei a assessoria de imprensa do Festival de Teatro do Estudante, projeto do grupo Forféu (do distrito de Iguatemi), que resgata o projeto da Secretaria de Cultura em que tanto trabalhei nas três edições realizadas. O festival deve ocorrer em setembro, mas minha função, segundo Alan Gaitarosso me informou, começa em março.

O edital do Viapar Cultural está aberto até fevereiro e para ele mandarei alguns projetos com previsão de realização no segundo semestre. Torço para que um deles passe! Temos também o edital do PROFICE e a peça “Florescerro”, que queremos circular e apresentar. E é isso o que está previsto, o resto é novidade.

Que seja um ano tão ou mais produtivo que este.


Resultado do Prêmio Aniceto Matti

Tudo indica que 2015 será farto em projetos culturais em Maringá. A Secretaria Municipal de Cultura finalmente divulgou os aprovados pelo Prêmio Aniceto Matti. O segmento de Artes Cênicas foi o que apresentou maior quantidade de projetos. Esta é a lista:

Categoria Artes Cênicas

– projeto “Cineteatro Apresenta – O Assassinato da subjetividade”, de Newdemar Aparecido Freitas de Souza;

– projeto “O Casamento de Capitão com Menina Bonita”, de M.A. Trindade e Produção-ME;
– projeto “Esta propriedade está condenada” de Márcio Alex Pereira;

– projeto “Teatro na praça”, de Ochoa Produções Artísticas LTDA;

– projeto “Outra vez, um auto de natal diferente”, de Leonil Lara;

– projeto “Shakespeare para todos”, de Mateus dos Santos Moscheta;

– projeto “Temporada de Óperas 2015”, de Sóstenes Santos Pereira;

– projeto “O Especialista”, de Rogério Carniatto;

– projeto “A Seresta na Cidade”, de Sebastião Inocêncio;

– projeto “Formação e capacitação de artistas: ciclo de oficinas e palestras”, de Rachel Coelho.

Na Categoria Iniciantes também há projetos em teatro (os três primeiros).

– projeto “Entrecalçados: Teatros e Ruas”, de Douglas Kodi Seto Takeguma;

– projeto “As viagens de um pequeno príncipe”, de Alan Rogério Gaitarosso;

– projeto “Ser ou não ser? Palhaço”, de Alexandre Vinícius Xavier Penha;

– projeto “Festival Celso Dias de Dança de Salão”, de Eliane Regina Cresani Tortola;

– projeto “Aline Luz”, de Aline Santiago Luz;

– projeto “Escritores Paranaenses”, de Éttore Thiago B. Cardoso;

– projeto “Associação Atlética BB – Maringá velho – Meio Século de história”, de Marco Antonio Deprá;

– projeto “Todos os retratos”, de Sérgio Augusto Medeiros.

E os aprovados nas outras categorias:

Categoria Música

– projeto “Frutos de um recanto”, de Eduardo Benez;

– projeto “O Som do olhar”, de Schoffen e Maurutto Produções Artísticas LTDA;

– projeto “Banda NH2: Na Estrada do bem”, de Elias Semiguen Neto;

– projeto “Roda de choro itinerante”, de Tiago Brizolara da Rosa;

– projeto “Gravação e Shows de lançamento do CD Rafael Danilo Bernandes Morais”, de Rafael Danilo Bernandes Morais;

– projeto “Os saltimbancos a 4 vozes”, de Paulo de Barros Vieira.

Categoria Literatura

– projeto “Reencanto II”, de Jaime Vieira de Souza Silva;

– projeto “Toró Literário”, de Angela Ramalho Xavier;

– projeto “Piquenique da Leitura”, de Danilo Furlan e Cia LTDA;

– projeto “Tendas Literárias”, de Vera Lúcia Fávero Margutti.

Categoria Patrimônio Cultural

– projeto “Grupos Folclóricos em Maringá”, de Márcio José Pereira;

– projeto “Vila dos Operários”, de Marcio Alex Pereira.

Categoria Artes Visuais

– projeto “Veio da Terra”, de Sheilla Patrícia Dias de Souza;

– projeto “Diálogos Tridimensionais – Poéticas no ato do fazer artístico”, de Marcelo Vieira Monteiro.

Categoria Arte Popular

– projeto “Congada Lapiana”, de Maria Adorno Kendrik;

– projeto “Cultura Ritmo e Movimento”, de Paulo Sérgio Francisco;

– projeto “Ritmos e Manifestações Afro- Brasileiras”, de Associação Cultural Centro Cultural Sucena.

Categoria Audiovisual

– projeto “O sonho de Adrian”, do licitante Fabio Alan Mascarin.

Infelizmente, os aprovados não serão necessariamente contemplados. A lista final só será publicada após a análise dos recursos. Caímos na pegadinha e comemoramos antes da hora. Uma lista bem menor de projetos será realizada. Sabemos que no mínimo dois projetos de cada categoria serão premiados (independentemente da pontuação obtida) e depois seguem as aprovações de acordo com as notas, até esgotarem-se os recursos de R$ 1.100.000,00. Acredito que cerca de 18 projetos poderão ser contemplados no total, mas o número pode aumentar se os premiados tiverem mandado projetos com valores abaixo do teto de R$ 60 mil.